Duro e triste saber que mais tragédias como esta do RS ainda virão.
Quando foi na Bahia, a Bahia dos pretos, mulatos, mestiços, nem tanta repercussão assim houve, né?
Haverá outras e não fará distinção entre etnias ou classes sociais. Assim foi a Covid19, tão sabotada, tanta canalhice. E os sabotadores estão aí, claro, sabotando e manipulando, até em nome de deus.
A tragédia será socializada, pra todas e todos.
Na Argentina o povo parou em greve geral outra vez contra a tragédia do governo fascista. Aqui foram quase seis anos, entre o vampiro traidor e o ESCROTÍSSIMO.
Lá o povo ainda luta.
O nosso povo ainda não chegou a esse ponto.
Falta vontade, falta cultura, faltam estímulos.
Falta a força da vontade.
Aqui é tudo muito pacífico e negociado.
Não há mudança estrutural pacificamente.
A burguesia no Brasil só conhece uma linguagem: prejuízos, prejuízos todos os dias. É, a burguesia é assim .
Desde a panela de teflon danificada, o copo quebrado, o prato quebrado, o carro arranhado, o pneu rasgado, a lanterna quebrada daquela Mercedes ou daquela Porsche, passeatas e a greve geral.
Mas não estimulamos.
Tudo muito negociado, até sermos derrubados.
É uma pena. Serão ainda algumas gerações. Se der tempo.
Não me vejo como um pessimista. Vejo-me como um realista já velho e bastante cansado. Mudanças! Não será “no meu mandato”.
RIO GRANDE DO SUL… A nossa tragédia é diária.
Todavia não somos brancos.
Sequer é necessária uma enchente para existir fome, sede, miséria, doenças e tristezas.
Não são lembrados os pretos, os mestiços, os pobres. Para esses não há suficiente emoção, compaixão, solidariedade ou amor.
A tragédia do cotidiano.
Lembremos da compaixão em outras localidades também. Pretos, mestiços, pobres estão precisando, e é o tempo todo. É a tragédia diária.
gustavohorta.wordpress.com
Sugerido como leitura complementar: Enchentes no RS: leia o relatório de 2015 que projetou o desastre – e os governos escolheram engavetar https://www.intercept.com.br/2024/05/06/enchentes-no-rs-leia-o-relatorio-de-2015-que-projetou-o-desastre-e-os-governos-escolheram-engavetar/